terça-feira, 17 de agosto de 2010

INFORMAÇÃO: Um novo olhar ao mundo real sem medo do conhecimento!

Os desafios da Sexualidade Infantil: como lidar com este tema na escola



Não se pode determinar que a Educação Sexual tenha que ser vista com um olhar de proibição ou até mesmo de não necessária para determinado momento da vida da criança, pois, a informação é necessária para um conhecimento prévio do mundo pela qual ela está tendo contato.
Culturalmente temos o costume de acreditar que a maioridade está ligada diretamente com a liberdade, porém, a maturidade da criança vai de acordo com o contato com o meio em que ela habita, da educação que recebe com os costumes familiares e do relacionamento social, é interessante ressaltar que cada caso é um caso. Seja o educador ou a família é deve de compartilhar a informação no momento certo determinando quais são as limitações da idade da criança.
Sexualidade não é sexo e muito menos pornografia, o ponto exato em que a sociedade precisa acreditar que nós seres humanos somos divididos em dois gêneros: HOMEM e MULHER, conseqüentemente existem pênis e vagina.Ao delongar determinadas palavras para as crianças muita das vezes poderemos ser vistos como rudes ou atuais demais, porém, o que não podemos é ficar reféns da informação incorreta ou até mesmo incompleta.
A educação sexual contempla de forma clara e objetiva o que em casa muita das vezes não é esclarecido, uma vez que, as crianças são seres humanos com desejos, anseios, vontades e curiosidades e com essa construção continuada em busca de uma resposta temos que ter um olhar normalizador para essa fase em que a própria criança está se conhecendo, mas, o que não pode ser dado é uma punição subjugada por suas atitudes, o correto é a sinalização de espaço físico para a realização de suas necessidades, digo, não se pode fazer na sala o que se faz dentro do banheiro.
Os meios legais de comunicação seriam ótimas ferramentas de transposição de informação desde que não fossem politizados de forma em que hoje é visto, as crianças poderiam ser muito bem informadas assim como são criadas as necessidades materiais de produtos da moda, podendo então a escola fazer uma ligação positiva com o que a mídia apresenta para uma realidade mais vivenciada em cada localidade. E nesse cenário escolar que pode de feito palestras, atividades, feiras informativas para que a família e o aluno tenham um contato mais preciso da informação, tendo a escola uma noção de qual tipo de informação pode ser dada e qual é o público em que irá comparecer, pois, os pais muita das vezes não se sentem seguros em falar sobre sexualidade com seus filhos por falta de informação ou até mesmo receio e nesse exato momento a escola com a equipe pedagógica fará o que é correto naquela comunidade escolar.Deve-se ter consideração com o foco social onde a criança está inserida, pois, nessa era da tecnologia a informação chega mais rápido. O que é proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Orientação Sexual servirá como um norteador para cada situação onde os valores: sociais, religiosos, pessoais e familiares devem ser respeitados, porém, o certo ‘’achismo’’ não deverá se inserido para embasamento das nossas crianças, é orientar corretamente para que sejam plantadas boas idéias.
Freud fez a sua interpretação para as fases do desenvolvimento sexual da criança até a chegada da adolescência, contudo, não pode ser vista como uma regra ou até mesmo como um manual onde ficamos detidos apenas ao conhecimento teórico, é preciso conviver também com as diferenças e amadurecer com as experiências que são transmitidas pela criança, pois, quando o pai e ou mãe está mais presente nessas transições de fases a criança além de mais informada terá uma maturação mais consciente.
Um novo olha é necessário sim e com a inserção da informação correta, não podemos e nem devemos julgar as crianças por situações que apenas acreditamos que possa ser focado nas crenças e valores pessoais, é importante estudar, conhecer e dividir o correto para que todos tenham uma vida mais saudável. Não podemos fazer vistas grossas e não querer enxergar o que é o ciclo da vida, não podemos acreditar que um menino é homossexual por que ele gosta de brincar com meninas, existe um reflexo familiar que o educador tem que valorizar promovendo a ligação direta com o que é certo, por fim, sexualidade vai muito além da informação, é o encontro das experiências do ciclo vital com o surgimento da dúvida que promovem o saber para conhecer.


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Rafael Moreira Lima

Pedagogo

Pós Graduando em Educação a Distância

Rafael_moreiralima@yahoo.com.br